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Custo Variável


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O Critério do Custeio Variável fundamenta-se na idéia de que os custos e as despesas que devem ser inventariáveis serão apenas aqueles diretamente identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida dessa atividade. É um instrumento de grande utilidade para a gerência em sua função de planejamento das operações. É um método muito empregado nos casos em que há grande variedade de produtos diferentes.

Custeio Variável
Segundo Megliorini custeio variável “É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos.” (MEGLIORINI, 2007, p.113).
Custos variáveis são aqueles que variam proporcionalmente à produção, por exemplo: matérias-primas. Se utilizarmos duas unidades de matéria-prima para produzir uma unidade de produto, utilizaremos quatro unidades de matéria-prima para produzir duas unidades de produto.


Custeio variável é o tipo de custeio que considera como custo de produção do período apenas os custos incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados comocusto de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.
O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites.
Algumas vantagens do custeio variável. O custeio variavel é particularmente aproveitado pela administração com sucesso nos casos em que se deseja saber, com segurança, quais podutos, linhas de produtos, departamentos, territorios de vendas, clientes e outros segmentos que são lucrativos e onde a Contabilidade de Custos deseja ionvestigar os efeitos inter-relacionados das mudanças ocorridas nas quantidades produzidas e vendidas, nos preços e nos custos e despesas. O custeamento variavel apresenta imediantamente a margem de contribuição. Ele determina os produtos que podem ter suas vendas incentivadas ou reduzidas e aqueles que podem ser excluídos da linha de produção, além de identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existem fatores que limitam a produção (gargalos), permitindo o uso mais racional desses fatores e também definir o preço dos produtos em condições especiais, por exemplo, para ocupar eventual capacidade ociosa e ainda definir, em uma negociação com o cliente, o limite de desconto permitido. A maior parte das despesas e custos variáveis de fabricação são itens que passam imediatamente por caixa; esse aspecto permite maior correspondência entre as demonstrações econômicas e as demonstrações financeiras na área industrial. Assim como o custeamento por absorção, o custeamento variável também é facilmente acoplado aos demais sistemas de custeamento.
Como desvantagens, podemos mencionar algumas delas. Os resultados do custeio variável não devem substituir, em algumas decisões, as informações decorrentes de outros critérios. As informações do custeio variável são bem aplicadas em problemas cujas soluções são de curto alcance no tempo. Para obter soluções de longo prazo, normalmente as informações do custeio variável não são recomendadas. O trabalho de análise das despesas e custos em fixos e variáveis é dispendioso e demorado. A exclusão dos custo fixos indiretos para valoração dos estoques causa sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período e na prática, a separação de custos e variáveis não é tão clara como parece, pois existem custos semivariáveis e semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em problemas semelhantes de identificação dos elementos de custeio e quanto as decisões de curto prazo, mas subestima os custos fixos, que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa. Os resultados do custeio variável não são aceitos para a preparação de demonstrações contábeis de uso esterno.
Uma das inadequações atuais da Contabilidade de Custos é a tendência marcante das indústrias em transformarem a produção e sues controles em processos automatizados. As técnicas contábeis precisam ser adaptadas a essa nova realidade. Os custos variáveis tornam - se menos relevantes diante do constante aumento das despesas e custos fixos, periódicos e repetitivos. O fato é que as máquinas, os robôs, os computadores estão ocupando cada vez mais espaços na produção e nos controles da produção. A Contabilidade de Custos tem buscado encontrar novos conceitos, critérios e modelos para ajudar a administração das empresas a enfrentar desafios.
O custeio variável é um instrumento de grande utilidade para a gerencia em sua função de planejamento das operações. O custeamento variável divide as despesas e os custos de fabricação em fixos e variáveis; determina a margem de contribuição em relação a qualquer objeto ou segmento da empresa, facilita a analise do processo de simulação – muito empregado pela função de planejamento – porque pode antever os resultados da interação de custos, volume e lucro.
O custeio variável é muito empregado nos casos em que há grande variedade de produtos diferentes. Uma vez que o conceito determina que cada produto tenha seus próprios custos diretos e variáveis, surge imediatamente a margem de contribuição total unitária por produto. A administração, através dos relatórios contábeis, fica sabendo qual o produto que tem maior margem de contribuição, relativa e absoluta.
Em relação a outros tipos de custeamento, a análise das despesas e dos custos em fixos e variáveis permite que a empresa possa estudar melhor as mudanças nos volumes de produção como consequência de várias alternativas que tem a sua frente: por exemplo, alcance de novos mercados, aumento da fábrica, parecerias e muitas outras.
Esse custeio enfatiza a análise das despesas e custos variáveis de qualquer objeto de custeio. As despesas e os custos variáveis são suscetíveis de maior controle por parte de gerencia porque possuem unidades de medida operacionais e físicas que os governam. São os direcionadores de recursos e de atividades privilegiados na aplicação do custeio ABC. Com as despesas e os custos fixos, indiretos, respectivos e periódicos, pela própria natureza, não possuem seus direcionadores visíveis, fica mais difícil seu controle, É claro que, como sempre, vale lembrar que estamos referindo-nos a horizontes de curto alcance, porque as despesas e os custos são fixos dentro de determinada faixa relevante de volume e porque, levando-se em consideração prazos mais longos, as despesas e os custos certamente apresentarão de outra forma.
As despesas e custos variáveis são controlados pelos responsáveis de cada departamento, seção ou setor. Quando separamos os custos pela responsabilidade em custos controláveis e não controláveis, se tiver adotado o custeamento variável, pode-se ter constatado que as despesas e os custos variáveis são quase sempre itens controláveis pela gerência do componente organizacional.
A separação das despesas e dos custos em fixos e variáveis e o conceito do custeamento variável destinam-se a desenvolver informações que auxiliam a gerencia no desempenho de suas funções de planejamento e de tomada de decisões. Embora tanto o planejamento como as decisões sejam baseados no curto prazo, o conceito do custeio variável fornece maiôs para que a Contabilidade de Custos e as gerencias de qualquer nível e de qualquer segmento possam visualizar as interações existentes entre alguns fatores significativos presentes nas atividades que influenciam os resultados: receitas, volumes de produção e de vendas e despesas e custos variáveis e fixos.
Conclusão
Pelo método de custeio variável, a empresa teria informações importantes para tomadas de decisão, com a utilização da margem de contribuição e elaboração de relatórios gerenciais internos.
No custeio variável somente são apropriados como custos de fabricação os custos variáveis, sejam eles diretos ou indiretos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2. Ed.São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: fundamentos e análise. São Paulo: Atlas, 1998.
LEONE. G.G. Curso de Contabilidade de Custos. 3º Edição. São Paulo: Atlas, 2009..

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