Olavo Pesch
A arrecadação da Receita Federal no Paraná totalizou R$ 4,03 bilhões em setembro, 20,1% acima do registrado no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, os contribuintes paranaenses engordaram em R$ 34,40 bilhões os cofres da União, o que representa um incremento de 26,5% em relação a igual período de 2010 (R$ 27,19 bilhões). Enquanto no País, a receita tributária aumentou 20,4% nos nove primeiros meses do ano.
"O crescimento maior é reflexo do crescimento da própria economia do Estado, que sempre tem conseguido superar as metas de arrecadação postas no início do ano pelo governo", analisa o assistente de gabinete da superintendência regional da Receita Federal, Vergilio Concetta. Segundo ele, em setembro o Refis influenciou no resultado. "Vários contribuintes que vinham recolhendo a parcela mínima começaram a recolher a parcela correta após a consolidação do débito", explica.
Embora o Paraná caminhe para superar o desempenho de 2010 - que deve se manter, segundo a Receita, na casa dos dois dígitos -, os próximos meses podem apresentar um recuo no nível de recolhimento de impostos. "Isso, em razão da crise econômica que se avizinha, mas até agora não teve reflexo negativo", aponta Concetta.
Apreensões
Já as apreensões de mercadorias realizadas pela Receita Federal em todo o Estado cresceram 25% no período de janeiro a setembro, comparado a igual intervalo do ano passado. O valor dos bens confiscados saltou de US$ 124,5 milhões para US$ 156,1 milhões, com destaque para cigarros, eletrônicos, bebidas e veículos (em função do alto valor). Este ano, o órgão já recolheu 3.505 automóveis e prendeu 552 pessoas por contrabando e descaminho. Outro item que tem preocupado a fiscalização são os medicamentos. Em nove meses, foram apreendidas 466.871 unidades e mais 46 litros de remédios. Para Concetta, "a facilidade de comercializar medicamentos aqui dentro do País sem receita médica aumenta essas apreensões".
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